quarta-feira, dezembro 23, 2009

Natal 2009

O PRESÉPIO DA VIDA

Ah! noite finalmente chegada
Nesta vida perdidiça, de sabor a fel.
Amargurada.
Presépio de figuras esquecidas,
Perdidas
Na imensidão de um céu sem a estrela,
Com magos de mãos vazias
Sem pão para ofertar
Ao menino (s)
Para a fome lhe(s) matar.
Ah! noite fria, noite de cão
Onde não há reis, nem roque,
Nem sequer um poeta a cantar
As razões da inconformada visão.
Noite de luz despida, de fria solidão
E cruel desamor
Onde tantos têm tudo
E muitos outros ,
Nem sequer uma migalha de pão.
Ou a esperança de um dia promissor.
Nem sequer o direito de «amanhã», dizerem
Não!

SF(Natal 23.12.2009)

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