30 ANOS A DAR-SE
Queria ver-te sempre assim
Parecendo que foi ainda ontem,
Era então a madrugada dos sonhos
Quando te vi nascer.
Poder aqui contar
Em cada imagem
Em cada linha deste verso
O querer que ultrapassou a miragem.
E ousou, ousar.
Quereria hoje olhar o sol
E nos longes da memória de então
Contar as queixas de antemão desiludidas.
Longo e extenso é o rol
Desse tempo apaixonado, irrecusável
A querer chegar a qualquer lado,
Que lado? – a todo o lado.
Era o mundo da fraternidade
Que apelava, ali, à nossa frente,
Girava …girava, imparável.
Nele havia
Olhos em rostos de silêncio
Que a miséria desenhara,
Onde uma lágrima fugidia
Corria, à tua espera.
Foste então
Ancoradouro seguro
Aconchego macio,
Veludo
Para pés nus de tanta criança.
Foste abrigo quieto,
Cais de desembarque,
Substituto de ausência,
Para quem tinha sido e já não mais era,
Senão anseio de existência.
Foste mão estendida
Que se deixa entrelaçar
Nas mãos sujas
Dos meninos da poeira.
Sozinhos, sentados à beira da estrada,
Sem sonho maior que a ilusão
Sem ilusão maior que nada
Colhem o vento sem forma,
Na noite sem tempo,
Dum tempo que é nada.
SF ( 30 anos do Casci )
Hoje trinta anos vividos
As estrelas continuam no céu.
Só que encobertas pelas nuvens.
Há muitas escondendo a dor.
Outros serão os fados
Ninguém sabe o que serão
E que importa?
Fados serão….
A vida nunca foi um paraíso
No jardim resta ainda tanta flor……
domingo, dezembro 12, 2010
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