Pediram-no?
Pois ele aí está: – o Inverno
do meu descontentamento (embora na comodidade da lareira, às vezes
não o seja).
Dia pardacento, ria encrespada, irritada, vento barulhento vindo lá de baixo, vento frio, mais parecendo-me
um vento escuro a que nos apetece fechar a porta, e dizer : vai-te, arrenegado!
Sentado em frente da ria, vivo momentos de tristeza
introvertida, minha, só minha, que não quereria transmitir aos outros.
Felizmente (?) estou só…
Esta quase sonolência, oprime. E por vezes acode-me a ideia
da estupidez que é esta vida. Dificilmente se consegue extrair um sentido
profundamente justificativo para a mesma.
Mas a questão é que eu, e quase todos aqueles que conheço,
contamos os invernos a ver se ainda
cresce mais algum.
Amamos a vida mesmo que ela nos não ame. É estúpido…. mas é
assim.
SF
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