E porque hoje fazias anos.....lembro-Te
Olha amor!
Anda! … junta as tuas mãos Mete-as aqui aconchegadas nas minhas
E vem fazer o que tantas vezes fizemos, sós:
Vamos falar aqui baixinho
Como que a rezar ( o que eu nunca soube fazer)
Mas baixinho ouves melhor a minha voz.
Partiste há uma imensidão
de tempo.
E nesse tempo turbulento e desesperanteNunca soube ao certo de onde soprava o vento.
No recanto dos teus encantos, procuro-te a cada momento.
Olho para a ria, onde vejo cintilar os teus olhos verdes
E neles o reflexo das estrelas, estilhaços do coração
Então o nada será tudo…serão farrapos da emoção(?)
Não consigo distinguir o bom do mau.
Ai daqueles que como eu perdem o ajuste!
Nunca mais o seu trabalho será alegria.Nem o sono, acredita, disfarce de doçura
Não há mais noites de ternura,
O muito que tinha ainda para te dizer
Melhor será nunca ficar dito.
Olha amor:
A renuncia por vezes é bela!Mesmo que por vezes seja dolorosamente fria
Porque aqueles que me ouvirão
Não amarão o que eu digo
Com os ouvidos com que tu me ouvias.
Se era erro: – lixo. Se era fantasia, amor, loucura paixão
Iam para o álbum.
Tu foste sempre a decisora das minhas grandes decisões
Tu foste a doçura de um longo passado
E se o recordo é porque Tu estás sempre presente.
SF- 1.11.2013 (dia teu aniversário)
1 comentário:
Pensei que os portugueses fossem frios... graças a Deus hoje me deparo com versos deste quilate, escritos com o coração dilacerado pela saudade... Parabéns, caro poeta!!!
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