Aveiro (cont): Capela
de S-João Baptista
Incluo hoje este documento
fotográfico que marca um momento histórico para Aveiro.
Depois de implantada a República,
numa certa, incontrolada e assanhada
atitude, houve por todo o lado a destruição, pura e simples, de diversos
templos ligados à Igreja. Cujas posições muito próxima do miguelismo não tinham ,ainda,
sido digeridas pela ala mais jacobina
republicana. e porque um clero pouco evoluído, retrógrado, ainda
ignorante e com medo de perder os privilégios ,era feroz oposição para os princípios
republicanos,
Aveiro ,cujos ideais liberais tinham sido pagos com a vida e o
desterro de muitos dos seus heróis, não poderia ter escapado a uma vingança, ainda que simbólica. Curiosamente
já tal tinha sucedido com a destruição da Igreja de S.Miguel, sem duvida um
templo anterior à formação Pátria .E assim, o templo do S. João Baptista, do
Rossio, será completamente destruído, nada dele restando : arrasado pedra sobre
pedra .
Foto 1- A Igreja de S. João ainda erecta
Foto 2- Restos da Igreja de S. João (já praticamente
demolida)
O local, que cremos é
perfeitamente identificável ,ficava sobre a curva do canal do Côjo (o principal) contornando o Rossio,
frente à ponte da Dubadoura (também em tempos conhecido como da Ribeira, ou
canal das Azenhas)..
Foto 4-Outro
documento, na curva do canal
Usando uma leitura do Mapa de Teixeira Albornaz
(1641) poderíamos (?) pressupor que a referida Igreja, é, pós aquela data. E pós Estaleiro de S João, que
ali esteve instalado. Só que não sabemos a data exacta do trabalho de Albornaz, em Aveiro, integrado no lindíssimo Atlas de El Rey Planeta. De facto entre a data da publicação e o inicio da representação de todos os portos da Península, mediaram décadas.
Grav.1-Detalhe de Aveiro por Teixeira Albornaz. Vê-se nitidamente a
representação do Estaleiro de S. João.(Atlas de El rey Planeta)
Já na representação do mapa que
pretende desenhar a Vila em 1696,também nela não se assinala nenhum templo no Rossio.. Teria sido posteriormente erecta?.
Na verdade o templo
de S.João começou a tomar forma em 1607.
Com a destruição da Capela de
S.Miguel, demolida em 1835,as relíquias de S.Sebastião oferecidas por D João III,depois
de um devastador surto de peste e que lá estavam, guardadas a três chaves, vieram para a Capela do S. João
Baptista. Em grande, vistosa e muito concorrida procissão:-referiu-se ao tempo. As relíquias
continuaram a ir na procissão, que
todos os anos se realizava a 20 de
Janeiro .
A Capela de S.João deveria ter
sido erecta numa zona(ainda) alagadiça ,de marinhas e quando da sua destruíção pode ser apreciado
um enorme palheiro pertença da marinha de sal, anexa.
foto5-A Capela de
S.João Baptista de outro angulo e casa anexa
SF -Abril 2015
(Foto 2 e3- Horta Carinha col.postais) Restantes : Onda vídeo -Rui Bela-
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