DE PRINCESA DO MOLIÇO….A RAINHA DO BACALHAU
( ODE à D Ana Maria,
subjugado à distinta entronização )
De sossego
Carpia Ana, gostoso deleite,Penteando suas ondias alouradas…
Batem á porta, forte,
Fortemente,
Gente boa não bateria assim…
Abre a porta devagar,
Devagarinho …
Espreitando quem forte batia..(pim!)
Daquele modo tão notado,
Estremece com três
gabões
Á sua porta encalhados…
Em que posso Vos servir,
Eu donzela de reforma bem merecida,
Que quereis de que vos fale
De tantos saberes que tenho de meus,
De bacalhau serei eu, assim, tão entendida?
De Vos entronar rainha- boa,
Não nos pode levar a mal
De lançarmos à agua,
o isco
À neta do afamado Pisco,
Bisneta da arraisa
Càloa.
Minha barra vos abrirei,
De saberes profundos escancarada.
Fainai…com o trol ou a zagaia,
Não importa o engodo que usaisSer rainha por um dia, melhor que não ser nada.
Tirai-me medida a preceito
Tende cuidado na cinta
E não me apertais muito o peito,
Que quero ser rainha de preito.
Dai-me o vosso bacalhau ai penduricado Iguarias tais, vos farei, verei aí o meu jeito.
Acima, acima.. gajeiro
Acima ao traquete
realVai dizer ao povo rafeiro
- Rainha já temos, é do Urjal
Não é uma rainha qualquer
É a rainha do
Bacalhau.
SF
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