terça-feira, janeiro 22, 2019


E agora?


Vou fazendo o que posso
Rendido a este final de caminho.
Já não há figueiras para florir
Nem laranjas para colher.
Tudo cheira e sabe a mofo.

Eu, aqui no meu canto,
Onde já não há encanto,
Vou olhando o apagar da fogueira
Que ainda arde por dentro
Mas já esmorecida por fora.

Verter lágrimas, porquê?


De não ter sido tudo quanto queria
 Ir assim, desta vida descontente?
Não! Magoado, sem angústias do passado
Sem vontade de hoje chorar
 Por já tanto, ontem ter chorado.

SF 22.01.2019

Sem comentários:

  67.   Poemas de Abril Abril: síntese inalcançável Já não há palavras  Que floresçam Abril,  Nem já há lágrima...