segunda-feira, outubro 26, 2009

*Tenho muita pena : mas declaro-me vivo

Ao ouvir as palavras dos Vereadores do PS, na Câmara de Ílhavo, pareceu-me perceber um sentimento de confissão, grave: a de que andámos a fingir nestes anos todos.
Um dia já é muito no meu relógio para perceber que me enganei; esperar quatro anos para o confessar (e o declarar) parece-me de uma gravidade intelectual tanhada. Porque se escachoado antes da escolha (recente) cheiraria confissão de derrota, feito depois, cheira-me mal.
Independentemente da estima pelos declarantes (não se confunda…), esta confissão agora feita (tardiamente e a más horas) mina a batalha dos que, com menor ou maior dignidade, vão (ou deverão ir) fazer tudo, para, através de boas propostas, provar que o putativo Presidente não é nada aquilo que os vencidos da política resignadamente disseram. Porque sejamos claros: a derrota do PS, aqui na T.L. não foi do Partido, mas das pessoas. E há que frontalmente o assumir.
A vitória (possível) daqui a quatro anos começa com o trabalho, hoje!.Já!…
Há batalhas que se perdem. Mas a guerra não se esgota numa batalha.
Uns vão-se embora. É fácil e cómodo.
Eu fico. E declaro-me VIVO ,lamente-se ou não. O que os outros pensam ,a mim pouco se me dá. Fico por aqui mergulhado no meu canto de liberdade, lavrando umas páginas á solta, nem que seja só para sentir
que não me calo.
Tanto me importa que seja eu sozinho, a ficar por aqui para recordar à história que o que parece … não é.
Estes últimos anos foram tempo perdido, oportunidades desperdiçadas, benesses materiais paridas pela UE, e aqui malbaratadas à tripa forra. Foram anos de confrontação desmedida, achincalhamento do passado, negação do futuro. Como as imagens a andar, paradas, no rio que passa.
Um dia, vencida a guerra, a história o relembrará.
Ribau Esteves não teve opositores. Já lho disse, pessoal e frontalmente: -nem nos seus acólitos que deveriam de vez em quando perguntar-se: - o que andamos por aqui a fazer? E, agora, sabemo-lo confessadamente, nem nos seus putativos «contrários» que, de facto, ao que dizem, andavam lá a fazer de conta, a fazer um frete. Só agora! nos dizem que o mal do País é não ter (muitos) homens como «o seu presidente». (A aventura de RE no país real da politica, afinal não serviu para nada)
Afinal neste lameiro, chega-me tardiamente o sussurro, outrora clandestino, de cumplicidade com a «grandeza» do Politico.
No homem sempre existiu um terrível sentido de conservação. Só que nuns aparece muito cedo.
Noutros nunca se concretiza.Nasce-se, vive-se.. e morre-se, sem beber de outro cântaro.
Aladino

*Citando CHAMALÚ ,Indio Quechua

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