Assim é a vida
Vivo: atascado em cardos. Depois de morto, de rosas …coberto.
Dia choroso de uma chuva miudinha que nos entra mais por dentro, macerando-nos a alma, do que aquilo que o seu borrifo nos molha por fora.
Visita aos insubstituíveis. Que lá que os há…há.
Momentos de reencontro. Para mim de justificação. Não do que fiz ,ou vou fazendo ,mas de exorcizão do que vou deixando para trás sem solução. Teimo ainda quando quase todos à minha volta já desistiram, em alargar ,ainda um pouco , por uma fresta que seja, os horizontes da vida. E é lá que pergunto : ainda não estais satisfeitos?
Talvez fosse fácil ter paz. Mas para que a quereria eu, quando tanto tempo ai vem para a ter em absoluto. Por isso vou teimando, e vou sendo feliz a meu modo, até que os meus valores deixem de ter sentido e eu já não saiba, com decência, ocupar o meu lugar entre os vivos (alguns já bem mortos).
Eu sei que tudo o que consiga ainda fazer me saberá a muito pouco. Engolfa-se a mão na vida convencidos que nela virão coisas boas e, aberta, percebemos que é uma mão cheia de nada.
Dia de finados (ou véspera?). O prado do repouso coberto de tantas flores, de tantos crisântemos, de tantas coroas e de tantas vergônteas esverdeadas, que parece querer dizer-nos que só depois de morto um homem vale uma flor, um gesto de tantos que lhe negámos em vida. Vivo que se aguente com os cardos da vida.
Voltei hoje lá, sempre no intuito de entender melhor quem sou.
Venho de lá sem perceber para que vim.
Mas que me importa isso?
Vou continuar a alhear -me de mim próprio e não deixar (por enquanto) morrer a vontade de à vida não renunciar (ainda). Não para o futuro que esse já não há.Mas um futuro presente vivido no dia a dia preocupado com os outros que têm ,eles,de ter futuro.Porque todos eles ,de uma man eira ou de outra o merecem.
JF.
Vivo: atascado em cardos. Depois de morto, de rosas …coberto.
Dia choroso de uma chuva miudinha que nos entra mais por dentro, macerando-nos a alma, do que aquilo que o seu borrifo nos molha por fora.
Visita aos insubstituíveis. Que lá que os há…há.
Momentos de reencontro. Para mim de justificação. Não do que fiz ,ou vou fazendo ,mas de exorcizão do que vou deixando para trás sem solução. Teimo ainda quando quase todos à minha volta já desistiram, em alargar ,ainda um pouco , por uma fresta que seja, os horizontes da vida. E é lá que pergunto : ainda não estais satisfeitos?
Talvez fosse fácil ter paz. Mas para que a quereria eu, quando tanto tempo ai vem para a ter em absoluto. Por isso vou teimando, e vou sendo feliz a meu modo, até que os meus valores deixem de ter sentido e eu já não saiba, com decência, ocupar o meu lugar entre os vivos (alguns já bem mortos).
Eu sei que tudo o que consiga ainda fazer me saberá a muito pouco. Engolfa-se a mão na vida convencidos que nela virão coisas boas e, aberta, percebemos que é uma mão cheia de nada.
Dia de finados (ou véspera?). O prado do repouso coberto de tantas flores, de tantos crisântemos, de tantas coroas e de tantas vergônteas esverdeadas, que parece querer dizer-nos que só depois de morto um homem vale uma flor, um gesto de tantos que lhe negámos em vida. Vivo que se aguente com os cardos da vida.
Voltei hoje lá, sempre no intuito de entender melhor quem sou.
Venho de lá sem perceber para que vim.
Mas que me importa isso?
Vou continuar a alhear -me de mim próprio e não deixar (por enquanto) morrer a vontade de à vida não renunciar (ainda). Não para o futuro que esse já não há.Mas um futuro presente vivido no dia a dia preocupado com os outros que têm ,eles,de ter futuro.Porque todos eles ,de uma man eira ou de outra o merecem.
JF.
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