1-
O canto onde xurdo e faço por fazer, aqui está.
Enquanto me aqueço por fora (com a
lareira),e de vez em quando por dentro ( com um whisky, bebida que me foi terminantemente proibida há cinquenta anos
),lanço, quando sinto saudades, um olhar pela noite à ria.
Invejo-me de mim próprio, por às vezes,
ainda recalcitrar com a vida. E mesmo que esta seja um pouco, a de eremita que
se vai atendo á solidão, certo é que me vou continuadamente readaptando, para
me sentir vivo.
E xurdir á vontade…..livre….
2-
Foi-me feita uma pergunta embaraçosa: pode haver
um amor romântico perdurável?
Não sei, exactamente,
que autor (poeta certamente) afirmou ser o «amor romântico» um sentimento
provindo de há séculos, de inspiração cristã. Discordo...do vate.
Se tal fosse, como amariam os romanos, que se ensaiavam em
envolvimentos românticos de um certo libertinismo?
O firt romântico, na minha concepção, existe, e é uma boa
terapia. Embora dure um fósforo. Mas recompensa em
intensidade, mais do que em quantidade.
O romance romântico, pode
durar mais um pouco: uma acha.
Porque para perdurar o estado de êxtase, e o manter aceso, há que ir,
sucessiva e continuadamente , renovando a imagem do outro(a).Logo que a curva inverta
de tangente.
Quantas vezes poderemos provocar a renovação ? Nisso reside o problema.Porque a partir de uma data poderemos mudar a veste interior. O problema é que a exterior, a visível, a partir de determinado ponto, não é retocável.
O amor romântico acaba sempre em saturação . O flirt
romântico acaba sempre a saber a pouco
SF
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