2015
Neste primeiro dia do ano
Abri inquietadoA portada
Para saber se a ria,
Neste ano ainda menino,
Estava aqui ancorada.
A luz é de uma pesporrência
Que fere o olhar,
Em contraste com a indolência
Das águas
Que parecem sair da ressaca
Noturna.
Andam aladas em numerosa multidão
num doce esvoaçar
Sobre o azul da ria,
Que mais do que azul
É ditosa fascinação.
Sem pressa de se adiantar
No calendário do ano,
Hesitante em ir ou ficar,
Mergulhar na vida em turbilhão
Ou restar, aqui, nesta efémera solidão
Olho para a tela pintada
À minha frente postada,
Não sei que prodígio concebeu
Esta fantástica sinfonia acabada.
Oh quem me dera ser poeta
A descrever esta ditosa madrugada
Ria eu não quero ser eu
Vivo em função de ser teu.....
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