Houve um tempo em que havia um REIzinho em ìlhavo.Só o Rei decidia,só o Rei tinha opinião.O Resultado está hoje à vista.Tudo se perdeu.Foi um tsunami que deixou marcas irrecuperáveis.
Ao mexer nuns papéis li op que em 1973 tinha escrito como promonição.Certinho...Eu bem fui avisando....
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REI NEM ROQUE
Aqui só há Rei ; não há Roque.Nem paz, nem guerra, nem amor, nem desamor.
Tudo é, sem o ser ; tudo pensa sem pensar
A verdade... a de que, aqui, é Ílhavo a apodrecer,
Sem vida, sem alma, sem chama nem alento.
Aqui o Roque é Rei.
A guerra é a das palavras desagradáveis
Que desagradam por dizerem a verdade, e ousarem negar
A mentira…, a de que aqui, é Ílhavo a renascer…,
Em cada dia que não é dia ; é noite sumida no vento.
Na Nau perdida na bruma em mar infindo,
Pediu o piloto licença ao Rei
para ir em procura do «desejar querer ser» ;
Aqui ninguém sabe que coisa quer ;
Ninguém sabe que alma tem ;
Nem o que é mal, ou o que é bem.
Nem que outra coisa ver
Só ele, REI, sabe como vai ser.
SF (1973)
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