Aquilão
Foste cantado por Plínio
Quando vindo lá da serra
Trazias contigo
O perfume da urze e o cheiro da caruma.
Descendo, encosta abaixo , caminho ínvio
Sobrevoando a terra, apressado,
Para te vires refrescar na laguna
Exsudaste o marnoto
Fazendo-lhe correr rios de suor
Enquanto cometias o prodígio
De transformares água em flor,
E assim nascia o sal.
Mais do que um milagre.
Igual, só o vivido no natal!
Teu sufoco causticava
O moço do moliceiro
Que de vara ombreada
Percorria a auto estrada da borda
Na procura de um novo veiro.
Enquanto lá ao longe
Um maçarico sonolento ,acordava.
Fazias do mar ,lama
Levando contigo a «xávega»
A paragens que pareciam infindas.
E o arrais endoidado por ti
Seguia-te como à sereia
Sem saber se havia mar e norte
Ou se o atrevimento findava, em morte.
Senos da Fonseca
4.09.2007
terça-feira, setembro 04, 2007
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
67. Poemas de Abril Abril: síntese inalcançável Já não há palavras Que floresçam Abril, Nem já há lágrima...
-
Na Sociedade de Geografia Tive ontem, o grato(e honroso)prazer de participar na apresentação do meu último livro ” Saberes que Tornaram Po...
-
Há dias em que “elas” acontecem.... Ontem, o Grupo dos Amigos do Caldo de Feijão (eu gosto mais de lhe chamar Caldo Gafanhão),surpreendeu-...
-
O Aveirense Fernão Oliveira: simplesmente um génio. Quando criamos um livro obrigados a consultar várias matérias, estudando novos perfis ...
Sem comentários:
Enviar um comentário