FLEXIBILIZAÇÃO . SÓ DOS TRABALHADORES?
Ocorrem-me graves preocupações ,ao ouvir posições tão desencontradas sobre a chamada Flexibilização laboral .Está na ordem do dia ,está na moda ,e diz-se :- veio para ficar
Tenho imenso receio de que se esteja a pedir demais aos trabalhadores , em nome de uma competitividade ,que pensa colocar-se no terreno, por via de um retrocesso social.
Tive, ao longo da vida profissional , oportunidade de perceber a vantagem - e tentar várias vezes - ,soluções flexíveis .Um código de trabalho espartano dificultava conseguir soluções ,sem perigo de mais tarde ,o feitiço se virar contra o feiticeiro. Era muito difícil conseguir coisas positivas ( lembro-me da tentativa do horário seguido com pausa curta para almoço ;férias etc.. etc)
Se este problema da flexibilização ,se fixar em acordos, caso a caso ,considero um avanço perante novas situações laborais a exigirem outro tipo de resposta, mais adaptadas à realidade .
Se a flexibilização se tornar Lei Geral ,então estaremos perante uma clara agressão à força do trabalho .
Ontem no «Le Monde» –em que procuro refugiar-me do tédio que sinto por esta comunicação social que temos ,macabra ,sórdida e doentia –li um curioso artigo sobre a comparação entre as Multinacionais e o regime Hitleriano.
Talvez uma semelhança ; mas o regime de Hitler- ao menos !- tinha um rosto .E uma multinacional não tem .No fim nem se podem levar a Nuremberg, aqueles que trucidam tudo e todos ,em nome de interesses especulativos , bolsistas. Numa pequena empresa os bens do dono ,respondem pelas asneiras ,Numa multinacional ,nada responde por nada .Ou quem paga, são os de sempre.
E o movimento sindical – não este que temos ,velho e caduco –como irá responder ?
Aqueles que andam a apregoar a beleza da Globalização ,ainda não perceberam que ela é, apenas e só ,um estádio superior do mais feroz Capitalismo ?
Agora sem rosto ,nem culpados.
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FAZER, OU FAZER QUE SE FAZ …?
Preocupa-me uma certa inquietação de ,ao nível nacional, me parecer que o Governo ,faz um pouco de conta que faz ,quando deveria a todo o custo ,fazer mesmo ,e já !...
Explico .
Aceito que um Governo Socialista coloque como estratégia ,obrigar todos a participar na resolução da crise .
Mas,
1-Em primeiro todos deveriam contribuir .E os que têm mais ,suportarem mais .Entendo isso e pela minha parte sujeito-me, de bom grado ,em contribuir o que me for estipulado Mas o que me parece que o que está ser feito ,é que são sempre os mesmo a pagar.Não se corrigem questões escandalosas …
Um Governo Socialista não pode aceitar, e muito menos proceder como tal…injustamente.
A crise em Portugal ,criada pelas loucuras e desvarios anteriores está a ser paga ,por aqueles que podem menos. Pela classe mais baixa e média.
2- O tempo de crise teria de ter um limite temporal ,perfeitamente -ou pelo menos tão aproximado -quanto possível.
Isto é :agora vai ser assim …e depois vai ser assim .Então todos perceberiam para que era o sacrifício. Era pois uma estratégia assumida com transparência.
Dou por mim a recear que muitas coisas não estejam a andar.
Na Saúde –não vejo melhoras para lá do gastar menos ,nem vejo medidas de disciplina que limite os abusos .E claro ,vislumbro a evidência de que o sistema de saúde evoluirá em desfavor dos que menos podem .
No Ensino ,verifico algumas melhoras .Mas vejo enorme confusão na definição de pontos cruciais: o de captar o interesse dos professores para participarem na tarefa ;na definição das regras de disciplina nas escolas; na autonomia das Escolas dentro de um sistema bem definido; na questão da harmonização do estatuto de Bolonha com a realidade do actual sistema do ensino superior, etc etc
Na Justiça ,tenho a amarga sensação ,de que com o sistema corporativo a funcionar em pleno ,todos os esforços sejam em vão .É um caos .Mete dó ao ponto a que chegámos.
Politicamente :
Mais grave :se os actuais não dão conta do recado ,nos outros campos políticos ,a situação é mesmo trágica .
Piores .Muito piores.
E então, o que esperar desta salgalhada nacional?
Ou esperarmos alegremente ,até que nos transformemos ,pura e simplesmente numa região da Europa?
Ò ! Fernando Pessoa :para quê a tua Mensagem ?
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EFICÁCIA -PREVENTIVA
Há coisas que me parecem simples e com eficácia segura .
Porque é que os encarregados de educação não são obrigados ,no principio de cada ano escolar ,a apresentar um relatório sobre os seus educandos, onde citem, por exemplo :
1- Se o seu educando teve no ano anterior alguns indícios de perturbação psíquica ,sugerindo necessidade de aconselhamento, e ou, acompanhamento.
2- Se teve problemas comportamentais na vida social ou familiar (ou questões de gravidade com Justiça) que justifiquem acompanhamento próximo
3- Se verificaram mudanças de outro tipo –ou novos hábitos -,sugerindo evolução a ter em conta.
Julgo que tal atitude seria um óptimo preventivo para situações cada vez mais preocupantes , porque inesperadas. E o esforço para, na Escola, haver tratamento destes dados por pessoal para o efeito preparado, não seria de todo desproporcionado face aos ganhos, evidentes.
Ocorrem-me graves preocupações ,ao ouvir posições tão desencontradas sobre a chamada Flexibilização laboral .Está na ordem do dia ,está na moda ,e diz-se :- veio para ficar
Tenho imenso receio de que se esteja a pedir demais aos trabalhadores , em nome de uma competitividade ,que pensa colocar-se no terreno, por via de um retrocesso social.
Tive, ao longo da vida profissional , oportunidade de perceber a vantagem - e tentar várias vezes - ,soluções flexíveis .Um código de trabalho espartano dificultava conseguir soluções ,sem perigo de mais tarde ,o feitiço se virar contra o feiticeiro. Era muito difícil conseguir coisas positivas ( lembro-me da tentativa do horário seguido com pausa curta para almoço ;férias etc.. etc)
Se este problema da flexibilização ,se fixar em acordos, caso a caso ,considero um avanço perante novas situações laborais a exigirem outro tipo de resposta, mais adaptadas à realidade .
Se a flexibilização se tornar Lei Geral ,então estaremos perante uma clara agressão à força do trabalho .
Ontem no «Le Monde» –em que procuro refugiar-me do tédio que sinto por esta comunicação social que temos ,macabra ,sórdida e doentia –li um curioso artigo sobre a comparação entre as Multinacionais e o regime Hitleriano.
Talvez uma semelhança ; mas o regime de Hitler- ao menos !- tinha um rosto .E uma multinacional não tem .No fim nem se podem levar a Nuremberg, aqueles que trucidam tudo e todos ,em nome de interesses especulativos , bolsistas. Numa pequena empresa os bens do dono ,respondem pelas asneiras ,Numa multinacional ,nada responde por nada .Ou quem paga, são os de sempre.
E o movimento sindical – não este que temos ,velho e caduco –como irá responder ?
Aqueles que andam a apregoar a beleza da Globalização ,ainda não perceberam que ela é, apenas e só ,um estádio superior do mais feroz Capitalismo ?
Agora sem rosto ,nem culpados.
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FAZER, OU FAZER QUE SE FAZ …?
Preocupa-me uma certa inquietação de ,ao nível nacional, me parecer que o Governo ,faz um pouco de conta que faz ,quando deveria a todo o custo ,fazer mesmo ,e já !...
Explico .
Aceito que um Governo Socialista coloque como estratégia ,obrigar todos a participar na resolução da crise .
Mas,
1-Em primeiro todos deveriam contribuir .E os que têm mais ,suportarem mais .Entendo isso e pela minha parte sujeito-me, de bom grado ,em contribuir o que me for estipulado Mas o que me parece que o que está ser feito ,é que são sempre os mesmo a pagar.Não se corrigem questões escandalosas …
Um Governo Socialista não pode aceitar, e muito menos proceder como tal…injustamente.
A crise em Portugal ,criada pelas loucuras e desvarios anteriores está a ser paga ,por aqueles que podem menos. Pela classe mais baixa e média.
2- O tempo de crise teria de ter um limite temporal ,perfeitamente -ou pelo menos tão aproximado -quanto possível.
Isto é :agora vai ser assim …e depois vai ser assim .Então todos perceberiam para que era o sacrifício. Era pois uma estratégia assumida com transparência.
Dou por mim a recear que muitas coisas não estejam a andar.
Na Saúde –não vejo melhoras para lá do gastar menos ,nem vejo medidas de disciplina que limite os abusos .E claro ,vislumbro a evidência de que o sistema de saúde evoluirá em desfavor dos que menos podem .
No Ensino ,verifico algumas melhoras .Mas vejo enorme confusão na definição de pontos cruciais: o de captar o interesse dos professores para participarem na tarefa ;na definição das regras de disciplina nas escolas; na autonomia das Escolas dentro de um sistema bem definido; na questão da harmonização do estatuto de Bolonha com a realidade do actual sistema do ensino superior, etc etc
Na Justiça ,tenho a amarga sensação ,de que com o sistema corporativo a funcionar em pleno ,todos os esforços sejam em vão .É um caos .Mete dó ao ponto a que chegámos.
Politicamente :
Mais grave :se os actuais não dão conta do recado ,nos outros campos políticos ,a situação é mesmo trágica .
Piores .Muito piores.
E então, o que esperar desta salgalhada nacional?
Ou esperarmos alegremente ,até que nos transformemos ,pura e simplesmente numa região da Europa?
Ò ! Fernando Pessoa :para quê a tua Mensagem ?
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EFICÁCIA -PREVENTIVA
Há coisas que me parecem simples e com eficácia segura .
Porque é que os encarregados de educação não são obrigados ,no principio de cada ano escolar ,a apresentar um relatório sobre os seus educandos, onde citem, por exemplo :
1- Se o seu educando teve no ano anterior alguns indícios de perturbação psíquica ,sugerindo necessidade de aconselhamento, e ou, acompanhamento.
2- Se teve problemas comportamentais na vida social ou familiar (ou questões de gravidade com Justiça) que justifiquem acompanhamento próximo
3- Se verificaram mudanças de outro tipo –ou novos hábitos -,sugerindo evolução a ter em conta.
Julgo que tal atitude seria um óptimo preventivo para situações cada vez mais preocupantes , porque inesperadas. E o esforço para, na Escola, haver tratamento destes dados por pessoal para o efeito preparado, não seria de todo desproporcionado face aos ganhos, evidentes.
Aladino
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