Eleições Europeias – Perderam todos…
As Eleições para o Parlamento Europeu não trouxeram a vitória
a ninguém. Trouxeram, (aqui e lá fora), uma dolorosa constatação: a democracia,
tal como a experimentámos e vivemos, no após guerra, foi assassinada pelo
próprio sistema (lascivo) democrático.
O que as Eleições europeias vieram dizer, é que os Europeus
rejeitam claramente este tipo de partidos políticos, atolados em corrupção e
iniquidades, submissos ao capital de que dependem para viver e se abastardar. Para que os seus «eleitos» açambarcarem lucros que
fazem escorrer pelas offshores, que,
sabendo malignas, não tomam iniciativa para lhes por fim. Pudera!.
As populações que trabalham estão cansadas de pagar, sozinhas,
a factura. E não entendem que, hoje estes, amanhã os outros, falem muito e
prometam o que não podem(nem tencionam!) fazer.E que, arribados ao poleiro,logo parecem tomados do síndroma de
alzheimer.
Em boa e única verdade, os três Partidos ditos do arco do governo : -
perderam todos (!).E por muitos. E os restantes não ganharam nada. Uns porque
não percebem que o remédio milagreiro quando aplicado ao doente, foi pior que
óleo de rícino. Outros:- porque o populismo(pessoal) vai e vem, ao sabor da
presença mediática; mas nada resolve, em concreto.
Tenho ouvido com muita atenção Ferreira do Amaral (já que os
outros economistas de serviço ao governo, desapareceram). Uns, certamente envergonhados
de tanta asneira debitada, no exercício sempre penoso da figura da «voz do
dono». Vivem todos a mamar nas instituições que lhes mandam mensalmente as
avenças de «conselheiros». Não das ditas
instituições, que bem dispensam o seu saber (pois que sabem de cor o que
pretendem), mas como homens de mão, das mesmas, na intoxicação televisiva
caseira.
Voltando a F. do A: tenho pensado, seriamente, na sua ousada
opinião de Portugal sair do euro, como solução de custo menor. Entendo a
liberdade de instrumentos – liberdade de desvalorização de moeda, possibilidade
de barreiras alfandegárias artificiais, etc., etc.
Numa implosão europeia, que remédio. E mãos à obra. Mas teria
de ser feito com outra classe política. Que tivesse mais músculo. E mais vergonha. Teríamos de atravessar o «rubicão»; e para tal não
vejo ser possível, fazê-lo, sem «alguém»
a comandar. A dimensão dessa autoridade é que me condiciona e faz temer.
Inicia-se sob a promessa do tempo indispensável para …
E depois toma-se o gosto.
SF
Sem comentários:
Enviar um comentário