domingo, fevereiro 17, 2008

Aviso da Paróquia (7)


" Lembrem nas suas orações todos os desesperados e cansados da nossa

paróquia".

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Bons governantes ou governantes bons?

Continuo a olhar o mundo com pena de não ter tempo – e às vezes agora, paciência – de gozar o deslumbramento que sinto com a vida, mesmo que agora vista (já) a uma certa distância.

Deslumbro-me; mas sinto medo do que virá aí para as novas gerações. Não sei se estas irão perceber os novos tempos.

Há uma falta clara de grandes figuras a orientá-lo. Washington., Gandhi, Mandela, Churchill…foram-se. Mesmo que ainda houvesse meia duzia de «Mários Soares», já me alegrava.

Não.Hoje já não há figuras com dimensão ética, politica e humana, que possam ombrear com aquelas (e outras) que desbravaram o árduo caminho por onde o homem se foi emancipando, adquirindo alforria e direitos, e compreendeu haver deveres a cumprir.

A polémica que corre no Reino Unido com as declarações absurdas do arcebispo da Cantuária, Rowan Williams que são uma espécie de capitulação civilizacional, deixam-me perplexo. Isto é: ou afirmamos sem complexos que as conquistas conseguidas sobre o domínio da religião(dona de todos os valores até então) só foi possível por uma iluminação do pensamento europeu do séc. XVII, e que, custe o que custar, não estamos dispostos a deixar soçobrar essa «superioridade temporal», ou voltaremos a um mundo tenebroso, obscuro, que não aceita o multiculturalismo, e que a breve trecho está exposto,de novo, à cegueira do fanatismo religioso.

Parece que se tem medo e se começam a fazer concessões perigosas. Em nome de uma pseudo aceitação das tradições menores, desprezamos as conquistas maiores.

Por este caminho fazemos desta destruição de conquistas uma espécie de emblema de liberdades.

Bons governantes ou governantes bons? O que queremos de facto.

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Sonho curto …mas ainda sonho (nem que seja em Mirandês)

Se não piorar, vou acabar num desespero de não ter conseguido resolver as equações da minha vida. Quando a vida se despedir de mim – sim, porque o contrário julgo que me não acontecerá – não terei tido tempo de resolver, e ou encontrar o X=……

Começo, por falta de compagnons de route, a olhar demasiadamente para mim. E agrido-me, interiormente. .Às vezes sem necessidade. A vida quando se alheia de algumas coisas que se movem à nossa volta começa a ser estranha. Parece que nem os prazeres somos já capazes de viver. A vida parece que já não nos empolga. Até deixamos de ser agressivos para os outros…e apenas o ser para nós mesmos.
Mau sinal quando é necessário (ainda) sê-lo, porque as coisas não melhoram: - pioram.

Eu não quero enfeitar o passado Não!.. não procuro branqueá-lo. Aceito os erros. Na verdade o que eu queria -e teimo apesar de, -era sonhar com o futuro. Ainda que fosse curto o sonho.

Glosando Amadeu Ferreira

You inda num sou de ls que me quedo ,pus num me falta que fazer, mas que balor le dana l que un biello faç?Morremos-nos, mesmo ,mesmo ,quando yà naide mira para nós. Se cuntinamos a andar porqui ye porque I semitério inda num mos qiuier

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A vida é como uma maçã

Tudo por causa da trincadela de uma delas…
Só que é verdade,

A vida é como descascar uma maçã. Só depois de aberta (depois de vivida) encontramos uns podres. Se não forem muitos, vale a pena ,ainda, dar-lhe uma trincadela. As ( maçãs ,e as vidas ) mais saborosas, são mesmo as que têm alguns podres.
Se estão todas podres, o melhor é deitá-las no caixote do lixo….

Aladino

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