quarta-feira, fevereiro 20, 2008




Avisos da Paróquia

"O torneio de “basquet” das paróquias vai continuar com o jogo da próxima quarta-feira.
Venham aplaudir, vamos tentar derrotar o Cristo Rei!"


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De um prato de lentilhas fazem um bodo aos pobres (de espírito)!..


«O Ilhavense» de hoje trouxe uma boa noticia. A confirmar que, se não é apreciado o valor dos «ílhavos» cá por casa, isso é fruto, apenas e só, de avançada miopia. Escandalosa, e mais grave tenebrosa: porque intencional.

Diz-nos «O Ilhavense» que Ana Maria Lopes foi convidada pelo Museu da Marinha para consultora técnica do mesmo.

Tenho verificado o enfado doentio, para não dizer doesto, como a referida AML tem sido tratada em actos públicos recentes. Que vai do esquecimento, pura e simples, do facto de AML ter sido a Directora do Museu -sem suborno a qualquer politica, portanto iniciativa sua -responsável pela viragem que conferiu a forma museológica, marítima, que hoje, aquele ostenta.Ou até, ao desfastio da citação distante, à vol d’oiseau, rápido e fugidio, de por lá ter passado antes dos dez anos que para alguns, abrem a história daquela casa.


Nesta Terra, onde nada se faz (actualmente), antes se preferindo comprar tudo feito – até «O Livro» – é bom que se tenha consciência da notícia.
Os valores por aqui não faltam. O que falta é o seu aproveitamento.

É verdade: esta terra parece-se com aqueles apregoadores das virtudes da limonada. Quando estão secos vão à tasca encharcar-se de tintol. Nem que seja zurrapa.

O saber seguro, produto do estudo atento e curioso, muito minucioso e pormenorizado, de AML, que lhe permitiu a produção de «O Vocabulário Marítimo Português» – extensa e esgotante leitura da actividade piscatória do litoral português –, e de «O Moliceiro» -o único verdadeiro e exaustivo trabalho publicado sobre esta embarcação – para lá da sensibilidade à faina no largo – «Faina Maior» -,serão por certo de muita utilidade ao Museu da Marinha.
Por cá de um prato de lentilhas fazem um bodo aos pobres (de espírito).
Et voilà…

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Sonho curto …mas sonho

Se não piorar, vou acabar num desespero de não ter conseguido resolver as equações da minha vida.
Começo, por falta de compagnons de route, a olhar demasiadamente para mim. E agrido-me. Às vezes sem necessidade. A vida quando se alheia de algumas coisas que se movem à nossa volta começa a ser estranha. Parece que nem os prazeres sou já capaz de os viver, intensamente. A vida parece que já não nos empolga. Até deixamos de ser agressivos.
Mau sinal quando é necessário sê-lo, porque as coisas não melhoram: -pioram.

Eu não quero enfeitar o passado Não! Não procuro branqueá-lo. Aceito os erros. Na verdade o que eu queria -e teimo apesar de. -era sonhar com o futuro. Ainda que fosse curto o sonho.

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Há Câmaras e Câmaras


Tenho andado envolvido na leitura das actas Camarárias, na recolha de elementos que me façam perceber, e depois escrever(vamos a ver) o «Ílhavo – Ensaio Monográfico II Parte 1900-1974».

Em 1922, em acta, a Câmara de Diniz Gomes subscreve um agradecimento a António da Rocha Madail pelo seu trabalho Monográfico, que viria a servir de base ao Brasão.
Bonito, não é?
A Câmara, claro, dado o tipo de trabalho, editou-o às suas custas.
Não, não quero comparar trabalhos. Quero é comparar atitudes.
Por agora dinheiro só para « A Obra»...o Livro!..o tal.Que eu paguei honradamente .E o leitor pagou...claro ...e não bufou.. ?
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Antes e Depois …

Tinha essa ideia.
Era eu rapazito, aluno no Colégio, e num trabalho que ganhou um prémio, (já) referi então que Diniz Gomes teria sido um notável Presidente da Câmara.E enumerei as razões. Não o refiro pelo prémio (os dois livros de «Costumes e Gentes de Ílhavo», que guardei religiosamente, li e reli, vezes sem conta), mas porque, oriundo de uma casa, de uma família que desde tempos ancestrais sempre se opôs a Diniz Gomes, politicamente, isso não impedia que aos mais novos não fossem referenciadas as virtudes, mesmo dos opositores. Foi assim que fui educado. Discordar, mas respeitar. Um opositor pode ter ideias diferentes, mas não é um inimigo.
Ora hoje, vida passada, não tenho dúvidas.
Ílhavo divide-se em dois períodos:
Antes de Diniz Gomes …e depois de Diniz Gomes…

Quando muito, hoje, fico satisfeito por aquilo que está dedicatória dos referidos livros da autoria de Diniz Gomes: o louvor à «precocidade» do puto, patente no que tinha escrito no referido trabalhinho.
É assim Em pequeno mostra-se muito do que vamos ser, depois, na vida. Os pais devem, por isso, estar atentos. Para corrigir...ou para incitar. Nunca alheados ou distantes do processo evolutivo da personalidade dos seus rebentos.
O meu Pai sempre me disse:
-nunca«os» poupes. Se te derem com uma mão na face ..dá-lhes um murro ..ou uma dentada. Nunca a outra face. Mas respeita-os…se pensarem diferente de Ti.


Aladino

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