sexta-feira, maio 23, 2008

GLOSA AO PADRE ETERNO


Não creio em Deus eterno
Nem que a alma é imortal…

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Não creio que depois
Do derradeiro sono
Haverá uma treva
Para o ditador
Que usurpou o trono.
Nem creio, pois,
Que haverá uma luz
Para aquele que na terra
Aguentou de pé, uma cruz.


Não tenho crença firme,
Ou sequer crença néscia
Que Deus há-de fechar
Numa jaula de ferro
Por sua própria mão
A alma dum fero.
E que guardará a seu lado
Num trono debruado d’oiro
A alma de Platão.

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Mas creio em Cristo hodierno
Homem só, como eu, simples mortal.


S.F (Maio 2008)

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