sábado, junho 14, 2014




HABEMUS ...PAPA !


Fiquei deslumbrado com a entrevista do Papa Francisco (Jorge Bergoglio) à TVI.

 Notável documento televisivo, onde se podem encontrar diversos momentos que merecem profunda  reflexão. Num momento de crise profunda, a Igreja encontrou no seu seio, uma imagem fiel, de Cristo.

Duvido (mesmo pesando a hermenêutica),que Cristo fosse tão profundo e abrangente, como é  Bergoglio.

O Papa reduz todos os grandes problemas da humanidade, a uma simples falta(incapacidade) de diálogo. Diálogo, onde não existem inimigos,mas tão só pessoas com ideias, tão respeitáveis como as nossas. Aquela afirmação sobre o holocausto ,de que todas -todas!- as nações foram coniventes, é a mais revolucionária afirmação do ultimo século. Deixemo-nos, pois, de falsas vergonhas.

Vê-se na entrevista com o o Papa, que este, a cada pergunta, desvia o olhar, concentra-se, relecte,organiza, e procura a palavra(resposta) adequada. Fá-lo com bonomia, com  simplicidade ,despojado de toda e qualquer vaidade 
/Total antítese dos palradores políticos, imberbes e tontos, que temos por aí , julgando que por falar mais depressa penetram melhor nos apaniguados/se nem uns nem outros sabem o que querem, para quê palrar?!)

Creio que a idade – ao contrário do sentido desprezível que hoje tem, incómoda e pesada- é um posto. E esta catraiada de tecnocratas, julgam tudo saber. Eu na idade deles sabia muito -mas muito ..mais!; só que  tinha as  maiores duvidas sobre o que me faltava saber.

Lembrei-me durante a entrevista, o que seria desta Europa com um personagem destes,à sua frente (a crise da Europa é uma crise de personagens !!!), com um sentido único -absoluto!- de solidariedade. Que significasse o respeito total pelos direitos básicos dos outros.(?)

Mesmo com esforço, cedo me distanciando «DEUS» e das promessas divinas.Mas, num total e absoluto respeito por quem assim não pensava (ou pensa). Fi-lo com um trabalho introspectivo  longo, e creio, que definitivo.E ao fazê-lo aproximei-me,voluntária e racionalmente, de Cristo (Homem!), e da sua pregação. Se não consigo chegar a «Deus»,e se outros o conseguem : -Felizes!

Sou um socialista puro!!!! Cristo era- o, Francisco, é-o.
Não importa o peso da palavra e o uso que dela fazem. Importa o que  conscientemente  significa. Nesta ideia Socialista não há dogmas nem partidarites. Aceito pior os erros aos «meus», que aos de fora.  
Interesso-me pela pessoa. Estou contra e exploração, abomino a acumulação de riqueza extorquida aos outros, aceito a diferença, sou exigente. Mais comigo do que com os outros.
Entre a espada (ignominia) e a parede (crucificação) aceito a espada, porque um homem deve morrer de pé.E um homem não é Cristo. Nem Bergoglio!..para dar a outra face.
Nunca(!) um depoimento televisivo me prendeu, tão profunda e intensamente, como a entrevista ao  «cura» Bergoglio.

Voltarei ao assunto.
SF (Junho 2014)

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