HABEMUS ...PAPA !
Fiquei deslumbrado com a
entrevista do Papa Francisco (Jorge Bergoglio) à TVI.
Notável documento televisivo, onde se podem
encontrar diversos momentos que merecem profunda reflexão. Num momento de crise profunda, a
Igreja encontrou no seu seio, uma imagem fiel, de Cristo.
Duvido (mesmo pesando a
hermenêutica),que Cristo fosse tão profundo e abrangente, como é Bergoglio.
O Papa reduz todos os grandes problemas
da humanidade, a uma simples falta(incapacidade) de diálogo. Diálogo, onde não
existem inimigos,mas tão só pessoas com ideias, tão respeitáveis como as nossas.
Aquela afirmação sobre o holocausto ,de que todas -todas!- as nações foram
coniventes, é a mais revolucionária afirmação do ultimo século. Deixemo-nos,
pois, de falsas vergonhas.
Vê-se na entrevista com o o Papa,
que este, a cada pergunta, desvia o olhar, concentra-se, relecte,organiza, e procura
a palavra(resposta) adequada. Fá-lo com bonomia, com simplicidade ,despojado de toda e qualquer
vaidade
/Total antítese dos palradores políticos, imberbes e tontos, que temos
por aí , julgando que por falar mais depressa penetram melhor nos apaniguados/se
nem uns nem outros sabem o que querem, para quê palrar?!)
Creio que a idade – ao contrário
do sentido desprezível que hoje tem, incómoda e pesada- é um posto. E esta
catraiada de tecnocratas, julgam tudo saber. Eu na idade deles sabia muito -mas
muito ..mais!; só que tinha as maiores duvidas sobre o que me faltava saber.
Lembrei-me durante a entrevista,
o que seria desta Europa com um personagem destes,à sua frente (a crise da Europa é uma crise de personagens !!!), com um sentido
único -absoluto!- de solidariedade. Que significasse o respeito total pelos
direitos básicos dos outros.(?)
Mesmo com esforço, cedo me distanciando
«DEUS» e das promessas divinas.Mas, num total e absoluto respeito por quem assim
não pensava (ou pensa). Fi-lo com um trabalho introspectivo longo, e creio, que definitivo.E ao fazê-lo
aproximei-me,voluntária e racionalmente, de Cristo (Homem!), e da sua pregação. Se não
consigo chegar a «Deus»,e se outros o conseguem : -Felizes!
Sou um socialista puro!!!! Cristo
era- o, Francisco, é-o.
Não importa o peso da palavra e o
uso que dela fazem. Importa o que conscientemente significa. Nesta ideia Socialista não há
dogmas nem partidarites. Aceito pior os erros aos «meus», que aos de fora.
Interesso-me pela pessoa. Estou
contra e exploração, abomino a acumulação de riqueza extorquida aos outros, aceito
a diferença, sou exigente. Mais comigo do que com os outros.
Entre a espada (ignominia) e a
parede (crucificação) aceito a espada, porque um homem deve morrer de pé.E um
homem não é Cristo. Nem Bergoglio!..para dar a outra face.
Nunca(!) um depoimento televisivo
me prendeu, tão profunda e intensamente, como a entrevista ao «cura» Bergoglio.
Voltarei ao assunto.
SF (Junho 2014)
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