sexta-feira, novembro 23, 2012


 

Hoje é dia de falarmos…de Ti.

Por cá tudo igual. Tudo mal.
Por «aí» não sei. Mas não tardarei a sabê-lo.
Hoje, ao lembrarem-me da tua falta, diziam-me à laia de consolo – certamente (!) – da minha sorte (?) de: – ainda ir vivendo:
Olhe que não, olhe que não… atalhei com doce comiseração: isto de ir vivendo mais um dia, não é bem ter um dia a mais. É a lucidez de ter a consciência de se ter um dia a menos para fazer tanta coisa que se pretendia fazer.
Não sei exactamente, onde, mas li (ou ouvi alguém dizer) que a vida não tinha sentido. Eu sempre,assim, o pensei, duvidando do dito. Para mim o que terá sentido é o calor humano que pomos no fazer das coisas da vida. Nos princípios e ideais que nunca abandonámos, na ética com que a vivemos etc.
 
 
 
Por isso ao preocupares-Te, não em usufrui-la, mas em ultrapassá-la nas suas minudências, deste-lhe o sentido que falta, quando se vive …, por viver.
Hoje, a cada dia que passa, percebemos a dimensão da Tua preocupação em ultrapassar «o consentimento da Tua vida».
Um dia perguntaram-me de onde vinham as minhas «certezas» (?):
Do olhar para o céu e não me impressionar com a sua lonjura. E olhar aqui para a beira, para quem vai a «meu lado» na vida, e sentir-me tão longe de cada um. Não me impressionam (e cada vez menos) os «deuses grandes». Importam-me, isso sim, «os deuses fracos». 
Por isso Te entendi quando parecia que todos os dias (santos e não santos, para Ti todos eram iguais na angústia), a vida te flagelava de propósito, desafiando-Te.

João

(Nota : este Blog deveria ser lançado na web em 25/11,dia da morte da Zeca.Por erro informático,adiantou .Aqui fica o reparo)

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