quarta-feira, fevereiro 20, 2013



Quem tem um Poeta,como amigo,não morre descalço.

Pois é .O Poeta  Cachim (este sim,repentista, é-o.Eu, como ele diz, sou um fazedor de palavras) amigo do peito ,quase sempre me responde em verso.Uma missão salutar para os meus estados de alma,por vezes azedos.
Ora ao  «Encolhi as asas e  continuei» (blog anterior) ,o Zé Cachim respondeu-me assim:


ESSA CASA À BEIRA RIA
ESSA CASA À BEIRA MAR
ENCHE-TE DE NOSTALGIA
SEM LIMITES NO OLHAR

VÊS TUDO QUANTO IMAGINAS
NAS GAIVOTAS A VOAR
VÊS INFÂNCIAS PEQUENINAS
QUE ESTÃO CONTIGO A MORAR

E VAIS VER, NÃO MORREM MAIS
VIVEM UMA ETERNIDADE
SEM LÁGRIMAS, SOLTAM AIS
A ISSO CHAMO SAUDADE

E É BOM ASSIM VIVER
COM UMA CANETA NA MÃO
PODES RIR, PODES SOFRER
E CANTAR NA SOLIDÃO


Zé Cachim


------------------------------------------------//


OH Zé eu respondo

Pois quem me dera ao menos viver
Com a caneta na mão
mas o raio da caneta já não escreve:
Sujeita á gravidade ja nao aponta o longe
Mas tão só vertical,ali onde tenho os pés.  
Causa certamente,foi desgaste por erosão.


Um abração
João Fonseca

Sem comentários:

  67.   Poemas de Abril Abril: síntese inalcançável Já não há palavras  Que floresçam Abril,  Nem já há lágrima...