domingo, fevereiro 17, 2013



Encolhi as asas …e continuei

 

Tive um sonho.

E nesse bonita pompa de sensações

Olhei pela janela

A contemplar, espantado, o voo de uma gaivota;

Na curva que deu para vir ter comigo. Via-a!

Asas esticadas, tinha na ponta de uma, o azul do firmamento

E na outra, o azul riscado da ria.

Já acordado  espero como ela,agachado,

A chegada do ocaso arroxeado

Para no crepúsculo  esconder as amarguras,

De ser um barco à deriva, perdidas as amuras.

No sonho voltei  por momentos a ser criança

A pensar que a vida é sempre azul

E que no azul só há «penas» brancas.

Estremunhado, despertei :

A minha vida foi um vale de lágrimas,

Seco (!),

Porque nela raramente chorei

Apenas encolhi as asas…e continuei.

SF (Fev 2013)  

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