O nome dos meus errados amores
Este meu
reduto de amor
Tem os
quatro cardeais;
A norte tem lá a areia
A oeste tem lá o mar
A nascente
tem ele a ria
A sul: o
resto... e tudo mais.
Do norte sopra
o vento, sopra o vento
Mês desabrido,
luares de agosto
Bate agreste
no meu rosto,
Este duro
vento de Agosto.
De nascente, vem
o sol, e o azul profundo;
Dos riachos, a frescura que verte
lá dos altos.
Transpõe as pontes onde paira a sereia nórdica.
Soltam-se as
gaivotas num eterno sobressalto.
Do Oeste vem lá
do mar
Encantamento de
sereia.
É a alfazema do
mar, que os pássaros perfumados
Vão trazer até
mim, para de todo me inebriar.
Do Sul vem o vento profundo
Muito distante,
vento acabado, que tempo será?
Será o que traz
na minha voz dorida
O nome dos meus
errados amores, será?
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