terça-feira, agosto 14, 2007

Anfiguri …

Carapau/bacalhau/ e pitáu






O dique foi a pique
O farfalho foi ao alho.
O asno corou de pasmo
O corifeu fez-se ateu.
Comeu o bacalhau
Deu espinhas ao marau.
Falou com cagança
De uma grande vingança
Ninguém o atrapalha
Vai , puxou da navalha.

Falou com vigor
De tudo que for.
Empenhou-se a fundo
A prometer o mundo,
Abanou o chocalho
A um certo bandalho
Que cheio de riso
Mostrou pouco siso.
E disse a debique
Metendo-o a pique,
Cruel vadiagem
Fartai vilanagem.
Tão mau é o termo
Como este Governo.
Mostrando a dentuça
E o pelo na fuça
Prosápia balofa
Em orelha mouca.
Brilhante o dixote
De tão vazio pote.
Imbecil gargalhada
No meio d’ alhada
Plena de manha
Em soez artimanha.
Vazia de tino
Tamanho o cretino
Tão larga é a lauda
Como curta é a cauda
Do infeliz menino
Em feroz desatino,
Cuspindo borrões
Em vãos borbotões
Num tolo escarcéu.
De lhe tirar o chapéu.
Tão tolo e tão mau
Ó grande ribau !
C’a g’ande pitáu
Dá cá bacalhau!


Aladino

Agosto 2007

Sem comentários:

  67.   Poemas de Abril Abril: síntese inalcançável Já não há palavras  Que floresçam Abril,  Nem já há lágrima...