A história repete-se, só que agora....
Depois de uns seis anos de um atribulado e ambicioso
trabalho, deixámos CVCN (Clube de Vela
da Costa–Nova) como todos «os outros» que dirigismo, num total de 36 anos: -
prestigiado, rico, cheio de vida.
Um Clube que nos foi entregue destruído, falido - no charco da ignomínia
–foi recuperado dentro de num processo diabólico, envolvido num tortuoso processo judicial.E num ápice, pagas as dividas, duns moirões
podres, a cair, surgiram as melhores instalações de um Clube Náutico, não só da
região como do País. O prestígio e os níveis de qualidade
alcançados, tanto pelas iniciativas
invulgares (Campeonato da Europa Sharpies, Semana Internacional de Vela escolas de Vela etc etc…..)
como pela vivência interessada(e
participada) dos associados à volta do Clube, fez com que o mesmo viesse a ser considerado, o segundo, do panorama nacional
da náutica desportiva(logo atrás do de Cascais).
Entendi sair em 2006 .Não gosto de me perpetuar nos cargos.
Sempre assim foi. Faço o que tenho a fazer …e entrego em mãos, que julgo boas, a
Instituição. Foi assim em todas elas: Illiabum, Associação do Bombeiros, Casci
e CVCN ( no total de 36 anos de
dirigismo no mais problemático cargo associativo).
Assisto hoje, perplexo (e profundamente magoado… e irritado) à
situação que se vive no CVCN. Abandonado, não há Direcção que assuma o Clube. Em
risco a sua existência, tal a destruição que, lenta mas inexoravelmente, ocorreu
nos anos seguintes, e até hoje. E isto apesar dos meus constantes avisos.
Hoje (perante as solicitações feitas à porta) é tarde
para recomeçar tudo de novo. Há que insuflar
ordem, vida, e cuidar das instalações. Refazendo tudo, como no passado. Mesmo
que houvesse tempo de vida para…não
há condições de repor o Clube no seu lugar num breve espaço temporal. E eu tenho uma janela
de vida já muito curta.
Ver em vida isto acontecer, dói. Sentimos que tudo é
fantasticamente perecível. E o que sacrificada (e arriscadamente fizemos)
não é valorizado pelos herdeiros.
Há muitos anos, numa
Assembleia Geral do Illiabum em que se discutia a entrega das suas chaves à Câmara, dando por
finda a sua história, tive a «infelicidade (?!) de afirmar:
-Quando forem passem lá por casa, e deixem as chaves. O
Illiabum nunca morrerá….. enquanto eu for vivo...
E é que sucedeu mesmo…
Agora as coisa não são assim.Lamento.
SF
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