E assim vamos indo..
Com o conhecimento de um Primeiro Ministro que não sabia que
os impostos são para pagar –mas que sabe
bem que os todos outros têm de pagar,
de qualquer modo – e que mesmo depois de saber fez de conta que talvez passasse, tivemos um Alfredo Barroso a
publicitar, em parangonas, a sua saída do PS. Tenho mais ou menos a mesma idade
de militância no PS, que Barroso. Conheço a sua irrequietude e as suas zangas. O
seu mau feitio: com tudo e com todos(até com seu Tio).
E não aceito que pelo crasso erro do Secretário Geral, que
ainda está por explicar, cabal e claramente, um tipo salte logo da embarcação.
Quando o tio de Barroso ( Mário Soares) afirmou meter o Socialismo na gaveta, indignei-me.
E no Partido marquei, então, a posição que entendi. Mas não sou dos que
entendem que uma só andorinha faz uma primavera. E não gosto destes alardes
de «agarrem-me que vou sair».
Censurar, e usar o peso politico para fazer ver, frontalmente,
o erro, é uma posição correcta. Ser-se Socialista é uma afirmação de
interiorização ideológica, que em Barroso vem de longas décadas. Um Secretário Geral
muda-se. Uma ideologia… ou mantém-se ou renega-se.
Por vezes é-nos fácil evocar culpados. Mais fácil do que
afirmar : afinal andámos uma vida
enganados.
Quando muito Barroso ia votar e desinfestava as mãos com álcool.
SF
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