Aveirenses Ilustres
Foi-me chamada atenção para uma palestra, que se realizava, integrada no relembrar de Aveirenses Ilustres ,centrada hoje sobre Rocha Madahil.Com prazer estive presente.
Ao longo da mesma fui-me interrogando do porquê do distanciamento de Ílhavo ,relativamente a este seu filho.
Foi uma figura incontornável no processo de afirmação da Vila ,distinguindo-a sempre que solicitado, com adesão solicita e com saber ,mostrando ser um espírito culto –naturalmente não isento de lacunas – mas inquestionavelmente uma figura (local)do século .
Gostei de ouvir o palestrante , pois só descobri que era um dos seus netos - e por isso a sua virtude – não, durante a leitura ,mas depois, na conversa que se seguiu.
Inopinado e inesperado de todo ,foi o desafio –e depois a conversa – com que Capão Filipe me provocou .
Cedo a registar os contornos da conversa.
Capão Filipe – que estimo e conheço desde miúdo– dizia-me que teríamos de pensar na junção de Ílhavo e Aveiro ,na continuação do que disse –simpaticamente – sobre a identidade cultural das gentes, que se confundem .Pudera !... a raiz foi a mesma ...só que depois…
A brincar, na conversa subsequente , ripostei :
-Porque não um dia ?!.Só que agora a moda está, em serem as instituições mais pequenas a engolir as mais fortes. Uma acção de Ílhavo por três de Aveiro ?.
Seria boa proposta?
Se pensarmos nos valores que demos à região ,éramos capazes de ficar a perder com o negócio. Só que também é verdade –a ser verdade o que se mostra – que parece que isso foi chão que deu uvas .
Mas não! …o facto é que o não é..
A brincar se podem discutir coisas sérias
O programa dos «Aveirenses Ilustres» ,segue .Interessante .A justificar não perder pitada
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E Mário Sacramento?
Mas …
Onde está Mário Sacramento ,nesta resenha?
Se está Vale Guimarães –e bem !-porque não se estendeu o leque ?
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MUSEU 5
Foi-me referida a entrega do espólio de Mário Sacramento ,ao Museu ,recentemente inaugurado ,do Neo-realismo .
Quando dei corpo para a perpetuação do nome de Mário Sacramento ,em Ílhavo -Uf!...Uf!…- ,lembro-me que tive de ler um trecho seu, em sessão camarária ,no salão nobre apinhado de gente, reagindo a uns obtusos (reaças) que replicavam que M.S. o não merecia ,pois que até se tinha negado a ser sepultado em Ílhavo.
Imbecilidades que o tempo, infelizmente, não corrigiu ,o que seria expectável !
Até Alexandre da Conceição ,se negou …
Ninguém ,estou certo ,fez qualquer esforço para reter esse espólio, aqui .Mesmo se o tivessem feito –M.S, hoje, não é incomodo e até dá sombra para fruição –certo é que o espólio ,lá ,no museu do Neo - realismo ,está muito melhor acompanhado .
Viver em Ílhavo ,verticalmente, até ao fim, não é fácil; aceito que ficar aqui para sempre, deve ser tramado.
Eu vou-me habituando à ideia :quando passeio por Ílhavo, vivo !.. ,esta terra já me vai parecendo ,toda ela, um cemitério. Silêncio, parece ler-se à entrada .
Do not disturb…
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Museu 6
O agora denominado Museu da Cidade ,em Aveiro ,é uma riquíssima obra de recuperação (requalificação ,diz-se agora…) de um edifício histórico, citadino.
Lembrei-me durante a visita como poderia ser ,por exemplo, a recuperação do edifício da «Drogaria Vizinho» –um edifício histórico! -, para o mesmo efeito.
Recuperar o Texas ,para quê ?... que história tem ?... Zero!....
Ao contrário, o palacete dos familiares da Viscondessa de Almeidinha , do Teatro e do Clube dos Novos, contém toda uma história riquíssima, do séc XVIII ao XX .
Que interessa (?!) dir-me-ão, se a nossa história oficial só começou há tempos?
Mas que era um local onde se poderia instalar o Museu do Traje, lá isso era .Por exemplo ….
Já repararam no interior do mesmo ?
Quando estiverem a comprar pregos ao balcão ,levantem o olhar .E sonhem !..
Sonhar… é (tudo )o que Vos é permitido fazer ,nesta terra. Porque o resto está já decidido ..
ALADINO
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