quinta-feira, outubro 11, 2007

História 2


Seria interessante que alguém, com saber e arte, se dedicasse a um tema ,que é o da importância dos cruzios na formação da identidade nacional .

A importância dada por Afonso Henriques –e as concessões – ao Mosteiro de St. Cruz ,quase o equiparando às Ordens, dos Templários ,dos Hospitaleiros,de Cluny, indicia -nele ou nos que o aconselhavam -uma visão notável para o tempo ,em que se discutia uma nova corrente de vida clerical,socialmente interveniente , oposta à vida contemplativa monástica.

Santa Cruz tornar-se-ia ,rapidamente ,dados os esforços e a clarividência intuitiva de Teotónio ,Telo e João Peculiar - depois bispo do Porto e Braga - ,uma das mais importantes instituições da vida medieval portuguesa ,a fonte onde se beberam os primeiros conhecimentos do saber que foram buscar ao exterior .Foi de St Cruz que saiu o insigne pregador St. António de Lisboa .

Mas a que propósito falo disto ,hoje, aqui ?.

É para insistir,no que venho dizendo .Mais importante -ou se quiserem tão- que a cronologia dos factos é conhecer o contexto que os produziu .Só saber factos nãoé bastante .Cadafacto tem a sua história.

Porque nasceue se impôs o Mosteiro de Stª Cruz ?
Pelo simples desejo de D Afonso querer a bonita sela de do arcediago Telo, quando este passeava, montado na mula ,na Rua Régia de Coimbra ? Este é, na verdade ,o facto que esteve na origem da concessão. Menor ,como se descortina

Mas o que é significativo para a História é a razão de Afonso Henriques estar, ali ,em Coimbra , depois de ter abandonado Guimarães (apenas um local de referência ,e nada mais ) .Nesse acontecimento, revelou-se a genial estratégia, que consistiu em « fugir» aos senhores feudais (seis ou sete donos de tudo, e cada um com maior poder que o próprio o Rei) vindo para Coimbra para procurar (e manobrar!) as ambições dos cavaleiros vilãos ,criando as bases de uma orgânica urbana, que tinha ainda em si virtualidades herdadas (porque preservadas) da cultura moçárabe,ainda então, recente . Assim começava a nascer um País,com uma cera identidade politica e administrativa ,embora com regiões(norte e sul ) profundamente diferentes.
Coimbra foi o ponto de partida para Santarém e Lisboa. Do contrabalanço a um poder feudal, restrito a uns poucos, substituído por um outro distribuído, em procura de uma identidade pátria .A mais velha da Europa.

O facto, é facto. Tem cronologia .
Mas o que envolveu o facto -o antes e o depois - ,foi o que marcou a nossa História.

Voltemos então aos cruzios .

No «Ílhavo –Ensaio Monográfico» -(percebe-se agora melhor o titulo?) dei conta que uma significativa parte da nossa zona estava na dependência daqueles. Fundamentais os elementos carreados por Madahil, para poder fazer tal afirmação.

Ora um aprofundamento desta questão ,ir-nos-ia revelar novas questões .E seria bom encontrar-se o rasto da herdade dos Templários em Vagos ,certamente contemporânea daqueles acontecimentos .Parece que D Afonso –não!.. não foi apenas o guerreiro indomável que nos impingiram – percebeu que mais importante que importar Ordens (Templários ,Hospitalários ,e outras que apoiou ) era «fazê-las» ,aqui. Simplesmente genial
Dado que nesse tempo as Ordens eram uma espécie de motores de desenvolvimento económico ,detendo toda a tecnologiapara a produção da terra , parece ser lícito creditar ao nosso primeiro Rei , uma visão de sustentabilidade para o País, com que sonhava. Uma espécie de "Plano Tecnológico" ,ao tempo.

Enfim ….montes de coisas para nos dizerem que pouco sabemos, ainda, dos nossos princípios .

Outros julgam saber tudo. Porque sabem nada ,de nada.

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A.T.L.

Vai por aí um barulho estranho .
Ílhavo a protestar?!Quando é que isso já se viu ?

Protestam, e com razão, os Pais .
Atabalhoadamente ou não –embora a intenção seja correcta –o Governo fixou que seriam as Escolas que deveriam, a partir de agora, fornecer as refeições às crianças .Lógico .Inquestionável, o princípio.

Compete às Autarquias , criar as condições para as fornecer .As refeições e os meios adequados para tarefa tão melindrosa.

Ora algumas autarquias estiveram-se marimbando para isso .Ílhavo, claro, na linha da frente dos que assim procederam .Como se a Autarquia nada tivesse a ver com isso.
Se fosse fazer uma obra de fachada, inútil e tola ,logo se atarefava para....Mas colaborar nestas missões para fazer um País diferente :

Vou ali disputar uma eleição e já venho…telefonem …

Chocante! : ouvir a Vereadora do Pelouro, dizer , nada saber sobre o assunto, pois que o Sr Presidente - escreveu-o a Comunicação Social - estava na Lapa a «tratar da vidinha» .
Então se isto já é assim, daqui para a frente ,como vai ser?!

À hora em que faço estes gatafunhos não sei como esta fotografia vai acabar. Talvez com Photoshop se retocasse a imagem, triste e desoladora ,real ,a preto e branco, do que é a politica local.

Voltei a ter razão ,no que insistentemente venho clamando.
Estas Autarquias não sabem –exactamente - qual é a sua missão, para lá de colaborarem com os «patos bravos» ,numa promiscuidade que fede.

Populismo barato ..de faca e alguidar!

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E O PS LOCAL ?


Espantoso .O PS local mostra-se preocupado com o «arranjinho de R E».
Mas sobre matéria de tanta importância:- caladinho .
Porque incapazes de lhe ganhar uma eleição , querem-no «longe» ,a todo o custo .Para ganhar na Secretaria. Querem que o árbitro mostre, a RE, o cartão vermelho.
E qual é o gozo...de ganhar assim ?
Não ,assim não! Confesso-me , dorido; não vamos a parte nenhuma.

Nasci Belenenses e hei-de morrer …azul. Mesmo perdendo, penso sempre que chegará o dia…
Encontrei-me socialista ,quando me apercebi que esse era o caminho correcto, para seguir .Vi um mundo de frenéticos ultrapassar-me, vindos da esquerda ou da direita .
Eu fiquei impávido e sereno .Não era ,não fui ,não sou …um Socialista do Partido.
O Partido faz asneiras? Corrija-se …
O Partido está à direita ? Mude-se..
Eu é que estou sempre aqui, no mesmo sítio.
Nunca precisei, nunca quis, sempre me desviei de toda a máquina partidária. Porque sempre nela vi arranjismo , barriguismo, pulhice ,q.b.

Mas tudo isso, não me impede de censurar os que pecam por omissão, quando se comprometeram a estar atentos.
E mais grave :
Fizeram-no perante mim.


Aladino

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