domingo, outubro 21, 2007


CINZENTO É QUE NÃO…


Tudo em mim, é preto, ou branco.

Parece que desconheço o cinzento,

Pois o sonho impede-me de dizer, talvez .

Ando sempre á procuro do tempo

Onde me debato, à vez

Entre a afirmação, cruel momento

Que me diga estar ainda vivo,

Ou na ausência, apenas adormecido


Dou a minha voz à revolta.

Não entendo a vida envolta em névoas.

Por isso ateio o fogo onde m’imolo,

Errante, na procura da verdade sem tréguas

Propondo-me levá-la comigo, ao colo.

Nunca sou só eu ; mas eu e os outros,

Pondo os olhos de sonhador, até bem longe

Não para ver o que não sinto ; mas para me sentir

o outro



Que olha ,olhando não só para a esperança ,mas para o grito.


SF
21.10.2007

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