quarta-feira, março 12, 2008

ACEITAR A AVALIAÇÂO É PROMOVER-SE,PROFISSIONAL E SOCIALMENTE



Ou me engano muito, ou as coisas vão evoluir no sentido de agilizar a avaliação dos Professores, e de uma forma experimental, libertá-la da complexidade burocrática excessiva.E através dos conhecimentos retirados do ensaio , melhorar de imediato sistema, até que, daqui a dois três anos, os Professores venham a reconhecer que o caminho não poderia deixar de passar pela avaliação, e isso no seu próprio interesse.

Não reconhecer os resultados medíocres do nosso labor (por mais esforçado que seja) provocado por deficiências estruturais do sistema, e não tentar auto-promover a reforma, participando e dando o contributo, é um cruzar braços, é um encharcar de tédio, é comportarmo-nos como abúlicos, desinteressados da vida.

Eu gostava que os profissionais percebessem que o sentido de vida está no entusiasmo, no orgulho, no sacrifício com que nos atiramos ao desempenho da nossa profissão.Ou até fora dela...

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AS PARLAPATICES…do costumeiro

Com o seu habitual riso afivelado em exibição alarve da colgateana dentuça, mesmo quando fala de coisas sérias – o que leva a considerar a hipótese de ele próprio não se levar a sério – Ribau Esteves dizia ontem na SIC – Noticias, que não admitia insinuações a Rui Rio, pois que ele, Ribau, tinha uma Câmara incluída entre as mais bem geridas no País (ih! Ih! Ih!) sujeita a auditorias de grande cuidado e atenção.

Nada mais mentiroso!...

Basta ler o «O Ilhavense» de 10 do corrente, e saber que por ordem dele, o PSD local chumbou uma auditoria (externa) proposta pelo PS, que tinha o apoio dos restantes partidos.
Aliás pela mesma notícia ficámos a saber que a dívida da CMI, admitida por J Oliveira (QUARENTA MILHÔES DE EUROS! – é obra!!!... sem obra) tem, pois, toda a razão de ser a versão correcta. Quem mentiu foi o pantomineiro Esteves. Com o chumbo da auditoria, RE perdeu claramente a face.

Ri-te… Ri-te….que no fim ainda te hei-de ver chorar …. Ó manholas.

E habituado, aqui, neste lameiro, a tratar assim estes problemas, leva para Lisboa o vício.
A tranquilidade inefável com que verborreicamente afirma dislates e trapaças deste tipo, é impressionante. Pompa palavrosa, ênfase na retórica, efeitos cénicos no despejo de futilidades:- eis o discurso vazio do prócere.

Marcelo Rebelo de Sousa considera as palavras de R.E são tolas. Pacheco Pereira, delas diz, que são patetices a que se não deve ligar. Vozes de burro…

Olhem se fosse eu a dizer isto?
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É BOM …

Ontem num grupo de comensais, um pouco inesperadamente, ouvi da boca de um dos presentes, um rasgado elogio ao« Zé Balseiro».

Gabava o presente – ele médico também – no Zé, a sua extrema fidelidade ao «amigo», a sua integra forma de estar, a sua inegável, mordaz e inteligente, ironia, e aquela indesmentível rudeza que por vezes fazia gala de exibir; se e quando fosse necessário, chamar os bois à canga. Era uma rudeza genuína, daquelas que vinham e logo iam, passada a borrasca.

Ora o elogio saiu sem o autor, sequer, saber ou imaginar, a relação próxima – tão próxima que eu nunca a soube, bem, distinguir da votada a um irmão – que existiu entre nós dois, vida fora desde menino até à sua partida.Que nunca teve momentos baixos nem altos, porque foi sempre de grande cumplicidade. Na casa dos seus Pais, sempre me senti como um filho mais novo, pois era constante a minha presença, numa vivência intensa e próxima,quase diária.

Qual não foi a surpresa do companheiro de mesa quando puxei dos meus galões. E recordei muitas das cumplicidades – e foram tantas! - tidas com aquele companheiro de jorna.
Às tantas o colega do José, disse-me:

-Espere aí. Então estou a ver que você era «o tal» de quem ele falava, dos jantares do 25 do dito, da gravata preta, etc. etc.

-Pois: eu próprio! O que reunia á volta de uma mesa -que era provavelmente das mais plurais reunidas nos tempos convulsos pós 25 de Abril – uma plêidade de amigos que iam da extrema esquerda à extrema direita, que, descontraída e de um modo plural, mas não menos vivamente, numa elegia à amizade, reforçavam os laços de amizade, desse modo.Como que a cobrindo com um balandrau, obviando a que a conturbação dos tempos os folgasse, ou sequer deslaçasse, desse modo mantendo intacta a proximidade que vinha de muito atrás, e que era necessário preservar a todo o custo. O que aconteceu até que um atrás de outro, foram partindo. Fui ficando desagradavelmente só,apenas com as recordações.

E porque o Dr. Balseiro fazia gala em se levantar sempre que pronunciado o nome de Salazar, por sacanice, passávamos a jantarada a evocar o fradalhão de Stª. Comba. E o Zé a levantar-se, tantas vezes quantas o excelsopara ele, claro! - nome fosse pronunciado.


Aladino

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A « magana » que espere....  Há dias que  ainda me conseguem trazer interesse renovado, em por cá estar  por mais uns tempos. Ao abrir logo ...