segunda-feira, março 31, 2008

COMO VAMOS DE SAGE?...

Quando olho e me detenho a observar o que bóia por aí, na política, não posso de pensar no sophos de Platão.

Como é possível que quando ainda o tempo era menino e moço, ou o novo tempo ainda nem sequer tinha ousado, e já alguém pensava que o poder (só) deveria ser atribuído aos que sabem.

E entre outras coisas ensinava-nos que o politico sagaz – sem ela não há politico que se afirme -não pode ter só e apenas conhecimentos mas deve-lhe, sobrar temperamento.

E correcto é concluir que aqueles a quem falta o dito, são incapazes de governar. Porque tendem, ao menor espirro, a inclinar-se sob o poder, incapazes de combater os que só têm razão na multidão.

Para Platão não haveria governo se os que mandam não tivessem um pouco de filósofos -ou até – melhor seria, que os filósofos chegassem a reis.

Se assim fosse, estaríamos livres de uns carroceiros que do uso do poder só têm a visão do exacerbar de um ego patético, lerdaço, génios na patarrela mas medíocres na cidade.

Lá vamos. Esperem só um pouco…
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EIS O HOMEM!

Dizia Platão que a politica era a arte de criar rebanhos, os quais se dividem em animais cornudos e não cornudos e, depois em bípedes e quadrúpedes. (…). A política é a arte de conduzir bípedes sem cornos e sem penas.

Foi preciso vir Diógenes com o candeeiro a atirar um galo depenado para o meio da academia e gritar «Eis homem de Platão»

Depenado sim; com cornos era indiferente. Porque, lá que os hay…hay…mas não o sabem. Ou sabem-no mas não se importam.

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CRESCE O QUÊ? - Só se for o cabelo…

Acabo de ouvir na televisão «Há uma coisa que cresce …cresce…cresce…»

Estes publicitários são uns exagerados. Que insistência. Não lhes chegava dizer «Há coisas

Em que era expectável que crescessem …»


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ESTRANHO ESTE VOLTAR DE CARA À VIDA….

De repente chocamos com pessoas por quem passámos uma vida e a quem, sem darmos por isso, nunca demos grande atenção, nem sequer nos detivemos para lhes dar uma palavra de encorajamento, tão assoberbados andamos a pensar que o importante é o nosso mundo.

Sou -ou contínuo – incorrigível. Atento numa pessoa e é como se ela (ou ele) passasse a fazer parte, imediatamente, do meu mundo. Consigo descortinar, ainda que por várias razões, que não há pessoas desinteressantes. Nós são que nem sempre estivemos atentos para as diferenças.

E ficamos a olhar, a saber como é tarde para estabelecer pontes.

Aladino

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