sexta-feira, janeiro 04, 2008

Quinta-feira ,3 de Janeiro ,2008



Continuando a pôr o Blog em dia


No final 2007 foram lançadas duas publicações em Ílhavo :

1) O Álbum Fotográfico de Carlos Duarte

Um Álbum em que o autor parece pretender referenciar acontecimentos com cronologia pós 25 Abril, mas com alguns simbolismos que nos parecem confusos, na intenção ou pretensão. Não sei bem porquê, mas, por vezes, parece-me que os fotógrafos fixam tudo ,ao sabor do lado para onde corre a corrente. Bastante diferente de fixarmos um rumo para o que queremos transmitir. Reconheço ter dificuldades em me sentir agradado pela fotografia. Mas ali, pareceu-me não ser essa a intenção - que seria discutível -,mas apenas a de colher o instante. O fotógrafo estava lá .Se assim foi, trabalho meritório. O autor merece o aplauso, pois.

Quanto á apresentação pareceu-me delirante. Se havia uma intenção aquele não era o momento, para desperdiçar tanta palavra. Não sei, sequer, se alguém percebeu o estendal. A avaliar pelos aplausos, sou eu que estou errado .Pois bem…cá fico. Mas cedo à tentação. No final inquiri :

-Mas a que é que bateu palma? - perguntei a pessoa presente.

- Não sei ,pois não percebi nada, mas ao autor.

Resolvi ,eu também, saudar o dito. Tinha razão o caloroso e agradecido ouvinte. Sou um distraído, impenitente.

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2) Manuel Morgado apresentou o seu romance «Biscuit» uma curiosa e agradável surpresa .Conheço o «Manelzinho» como aqui em casa é carinhosamente tratado, desde um tempo muito agradável dos anos oitenta em que um grande grupo acampava, todos os verões atrás da casa, na Costa–Nova ,numa vivência muito saudável e amiga.

Li o livro de imediato; inicialmente não percebi a razão de ser do «Bisquit».O autor surpreende-nos com um thriller daqueles que estão na moda pós «Da Vinciana».A história tem um enredo talvez demasiadamente inverosímil, mas é agradável e leve de leitura.Para primeiro ensaio no romance nada mau .Continue é que lhe desejo.

A apresentação do livro, foi muito conseguida do ponto de vista cénico. Percebe-se a razão do tango argentino, e numa leitura do o livro, fácil é identificar a razão da aparição da GNR. Deste modo há uma certa descontracção que proporciona uma agradável contacto com o livro.

Talvez uma caracterização mais intensa das figuras e da ambiência da época ,e uma mais forte caracterização das contradições laborais que ao tempo perpassavam pela V.A, trouxessem um maior enriquecimento ao livro. Editorialmente haverá que tomar alguns cuidados, no primeiro compreensível, mas evitáveis.

De qualquer modo um esforço muito positivo a assinalar.


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DIRECTOR DE O CENTRO CULTURAL


Pela Comunicação Social ficámos a saber que foi contratado o novo Director do Centro Cultural. Trata-se de uma personagem certamente activa e culta ,que exerceu funções em Vila da Feira. Nada como esperar para ver.

Mas ,sem ferir a sua capacidade e conhecimento ,lamentamos que Ílhavo não tenha sido auscultada para saber se algum dos seus filhos não teria saber bastante para o desempenho da missão .Partiu-se logo da ideia que não .Que o mesmo é dize,r que a morte anunciada da Terra está ainda mais próxima do que pensamos : pobre terra!.Dás filhos notáveis, mas só lá fora lhes é reconhecido o seu valor .E espantados ficamos quando esse reconhecimento indica a mais elevada categoria no desempenho das suas funções.

A aculturação trazida e influenciada por estas figuras portadoras de ideias preconcebidas, totalmente desconhecedores da realidade ilhavense, não dará grandes frutos para lá das estatísticas que salvarão a realidade da apreciação.Assim se passa com o Museu , Biblioteca e ,agora, se vai passar com o Centro Cultural.

Parece haver a ideia de comemorar os 130 anos da recuperação do Concelho ,depois de ter sido banido.Bem, já não foi mal que Lhes tivessem aberto os olhos para o esquecimento.Ao menos para isso serviu o Ensaio.

Mas comemorar a recuperação do Concelho para anos depois perder a identidade por esta via, então mais valia estar quieto.

Vamos ver se existe indignação com esta metodologia –não com a pessoa escolhida – e se há expressão da mesma ,ou se o medo continua. Partidos e Comunicação Social têm a palavra

Aladino

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